Pocinho => Tua 26.09.2020

Todas as imagens deste post, foram todas tiradas por mim com a minha camera video-fotográfica e prints dos episódios, sendo que vocês estão proibidos de fazer o download, editá-las ou partilhá-las sem a minha devida autorização. O pedido de autorização deverá ser endereçado por mensagem privada para a página facebook.com/tagenialptoficial

 26 de Setembro de 2020


Entre 2018 e finais de 2019, visitei várias vezes o Alto-Douro de comboio e obviamente gravei vlogs (vídeos) para os meus canais de YouTube.

Então em Agosto de 2020, planeei gravar uma série à qual decidi chamar "Explorando o Douro", mais concretamente o eixo ferroviário e aldeias e linhas que são servidas por esta magnifica linha.

Escolhi o dia 26 de Setembro de 2020 para gravar os primeiros 3 episódios, cada episódio é a exploração de uma localidade.

Tudo começou às 7h da manhã quando saí de casa e dirigi-me à atual Estação Ferroviária [Antiga está encerrada desde 2002] de Penafiel, cheguei por volta das 7h20 e foi nesse momento que comecei a gravar algumas cenas no exterior.

Mal entrei no interior do edifício da estação, reparei que tanto a bilheteira como o bar da mesma estavam encerrados, ou seja, eu estava com vontade de ir à WC que fica no espaço do bar da estação e como ele estava fechado, então o acesso ao WC também estava. Então tive de aguentar uns 35 minutos até à chegada do comboio.

Dirigi-me para a linha nº1 que fica do outro lado e na plataforma decidi gravar uma introdução desta série. Aproveitei também para gravar um vídeo secundário, vídeo esse que foi gravado com o meu telemóvel, ou seja, a camera era só para a série.

Às 8h01 embarquei no comboio, tracionado pelas locomotivas 1424 e 1415 com duas carruagens Sorefame e 1 Schindler, escolhi entrar e viajar na carruagem Schindler por não ser só a mais confortável, tal como era a que vinha na cauda do comboio e assim eu podia levantar-me durante a viagem e ir até ao vidro da porta ver a paisagem que ia ficando para trás, claro que também resultou em filmagens muito boas.

Túnel de Caíde

Durante a viagem, houve um passageiro que se deslocou muitas vezes até à mesma porta com a sua filha e numa das minhas visitas a essa porta eu reparei que o homem abriu uma das portas laterais em andamento e isso deu-me uma ideia bem louca. Já que eu tinha a camera colocada no tripé, então decidi pegar no tripé, colocar a camera a gravar, abrir a porta lateral que estava virada para o rio, colocar o meu braço de fora (aquele que eu tinha o tripé na mão) e fazer filmagens bem espetaculares.

PK 141,120 da Linha do Douro


Na Régua a locomotiva 1424 ficou por lá, mas prosseguimos viagem com a 1415 até ao Pocinho e chegamos ao Pocinho às 10h43, terminando assim as gravações do 1º episódio.

Já no começo do 2º episódio, fiz a mesma apresentação da série e quando o fiz só tinha os turistas a olhar para mim, então dirigi-me até perto da grua que antigamente colocava a mercadoria nos comboios de mercadorias, para filmar a inversão de marcha da locomotiva 1414, mas acontece que quando a locomotiva estava a voltar para ser atrelada ao comboio, o manobrador fez-me sinal de que eu não podia estar ali. Achei estranho porque nas minhas visitas anteriores eu sempre pude estar ali.



Decidi voltar para o edifício da estação e quando estava preparar-me para aceder à plataforma de embarque, o chefe da estação berrou comigo como se nada fosse. Nem disse nada, saí para a rua pelo acesso exterior, se eu lhe dissesse algo e vontade não me faltou de o mandar para o c@£$#o porque já me foi relatado que esse mesmo senhor gosta de arranjar confusão com os passageiros e um dos passageiros me contou que ele já foi forçado a ir ao gabinete dele onde lhe pediram a identificação mas ele disse que o Chefe da Estação não tem essa autoridade, mas seja como for, se esse chefe tem problemas de stress em casa então que os deixe em casa.
Edifício da Estação do Pocinho, PK 171,522 da Linha do Douro

O 2º episódio da série foi a explorar o Pocinho, esta localidade é uma aldeia que pertence ao concelho Vila Nova de Foz Côa e já foi de elevada importância ferroviária. Pois era aqui que a Linha do Douro continuava até Barca D'Alva [troço encerrado em 1988] e também era aqui que começava a Linha do Sabor (via estreita) [encerrada em 1988] e que ia até Duas Igrejas-Miranda do Douro.
Queria começar por explorar um pouco da Linha do Sabor, mas teria de aceder a essa linha ou pela Estação e levar outra vez com o Chefe da mesma, ou então, subir a rua e caminhar em direção à Barragem e entrar na parte encerrada da Linha do Douro que passa junto à estrada, optei pela 2º opção, mas ainda esperei que o comboio partisse.

Às 11h10 lá fui pela estrada até ao local, como me falaram que havia um buraco no edificio das oficinas do Posto de Manutenção do Pocinho, então eu queria entrar lá dentro e ver o material circulante que andou na Linha do Sabor, encontrei esse buraco mas era um pouco alto e apertado para a minha estatura, pena, mas vi uma carruagem grafitada.



Desloquei-me até à Linha do Sabor. Eu queria atravessar a ponte desta linha, mas infelizmente não o fiz, porque do outro lado da margem haviam obras em que os veículos atravessavam a linha.
Ponte Rodo-Ferroviária do Pocinho

Com alguma tristeza, voltei para trás e decidi explorar pelo menos 1 ou 2kms da parte encerrada da Linha do Douro, mas a densidade da vegetação estava maior desde da primeira vez que explorei aquele bocado em Junho de 2019.

De volta para trás, então decidi explorar ali uma rua que me levaria até ao tabuleiro inferior da Ponte Rodo-Ferroviária, então pensei atravessar a mesma ali, mas o cercado à entrada desta, tapava a passagem com sinais de aviso "Risco de colapso", eu até ri comigo próprio, porque quando há provas de atletismo entre Torre Moncorvo e o Pocinho, o tabuleiro inferior da ponte é aberto aos atletas.

Como já faltavam alguns minutos para o meio-dia, decidi procurar um restaurante para almoçar e antes disso explorei um pouco da aldeia.
Igreja do Pocinho.

Ao meio-dia decidi almoçar no Café-Restaurante O Miradouro, pois era o único que estava aberto, já o outro estava encerrado para férias e foi na hora de almoço que me vi livre da minha máscara por alguns minutos. Pedi meia dose de costeletas e duas garrafas frescas de Coca-Cola.
Se vocês forem ao Pocinho, almocem neste local, a qualidade é soberba, acho que se chamassem o Chef Ljubomir para gravar lá um programa ele ficaria paneleiro dos olhos com a melhor qualidade daquela aldeia.

Depois do almoço foi tempo para dar umas últimas vistas para a bela paisagem e às 13h08 lá estava eu no comboio a caminho do Tua.

Antiga locomotiva da Linha do Sabor.




Durante a viagem até à Estação do Tua, decidi filmar uma nova introdução para o episódio 3, mas claro que disse as mesmas coisas.
Cheguei ao Tua perto das 14h00 e a nostalgia daquela localidade voltou a invadir-me, pois eu adoro ir a Foz Tua, decidi começar a filmar em 1º lugar a minha visita à Porta de Entrada do Vale do Tua, mas antes da filmagem, o funcionário fez-me a visita guiada e depois com a sua autorização, fiz as filmagens. Depois foi a vez de fazer o mesmo no Centro Interpretativo do Vale do Tua onde pensei que ia ser atendido pelo sr. José Carvalho, mas desta vez ele não estava lá, quem estava no lugar dele era um funcionário mais jovem juntamente com a mesma senhora que me recebeu ali nas outras vezes que lá estive.
O jovem fez-me a visita guiada mas foi muito curta, algo que o sr. José Carvalho tinha sempre o gosto por fazer a visita mais longa. Fiz as filmagens não só para recordação, mas também para estudar a história do vale para o meu hobbie "Guia Turístico Penafiel e Douro".

Porta de Entrada do Vale do Tua em Carrazeda de Ansiães.


Centro Interpretativo do Vale do Tua.

Antes de iniciar a minha caminhada pela Linha do Tua até perto da Barragem, cito já que podem caminhar à vontade porque ali já não há comboios porque a albufeira da barragem submergiu 17kms da Linha do Tua "só há até à data circulação de comboios entre Cachão e Mirandela", decidi explorar o que resta do material abandonado daquela linha, pois a IP "Infraestruturas de Portugal" está a recuperar o material abandonado para voltar a colocá-lo a circular.
Na estação do Tua até à data das gravações ainda estavam lá duas Napolitanas, que são carruagens que foram fabricadas em Nápoles.

Depois disso, horas de dar à sola e ir até perto da Barragem de Foz Tua.
A Linha do Tua é uma linha de via estreita com bitola de 1 metro que ligava a Estação do Tua à Estação de Bragança (atual terminal de autocarros desde 2004). Até ao inicio da década de 1990, mais concretamente até 1991-1992 havia serviço de passageiros e mercadorias entre Tua e Bragança, mas tudo isso foi encerrado com a desculpa da demora da viagem e da falta de rendimentos.
Em 2006 foi anunciado um plano de construção de barragens no qual incluía uma na foz do Rio Tua, mas a decisão demorou dois anos até estar tudo decidido. E como decidiram? Os nossos políticos decidiram sabotar várias vezes a linha entre 2007 e 2009 sendo que quando em 2009 a sabotagem resultou em morte de passageiros, então encerraram a linha entre Tua e Brunheda, mas como a Brunheda localiza-se 21kms da foz do Rio Tua, ela foi temporariamente encerrada com o receio que as águas do rio chegassem à estação.
A construção da barragem começou em 2013 e terminou em 2016-2017.

Desta vez decidi não ir até ao miradouro, voltei até ao local onde a linha passa junto à estrada, saí para a estrada e fui até à Ponte da Foz do Rio Tua, ponte essa que foi um dos protótipos para a Ponte Arrábida no Porto, mas esta da Foz do Rio Tua localiza-se entre Alijó e Carrazeda de Ansiães.
Ponte de Foz Tua, Barragem ao fundo.

Fiz várias filmagens no meio do tabuleiro da ponte e não podia deixar de fora do episódio a Ponte e Túnel que pertencem à Linha do Tua.

Ponte das Presas e Túnel das Presas - Linha do Tua.

De regresso à Estação, fiz uma visita curta à Casa dos Cantoneiros Foz Tua Winehouse, onde comprei um saco de bolachas de chocolate e depois no regresso à estação decidi ir por outro caminho, assim explorar ainda mais a aldeia de Foz Tua.
Como era fim-de-semana, às 16h34 chegou o Comboio Histórico do Douro tracionado com uma locomotiva a Vapor 0186 com várias carruagens construídas na década de 1920, que embelezou ainda mais o 3º episódio.


Às 18h00 embarquei no último comboio com ligação direta ao Porto, assim deixando para trás uma das mais belas regiões do país, mas regressava a casa com mais recordações em vídeo e fotografias.
Durante a viagem aproveitei para comer as bolachas que comprei e o resto de comida que tinha na mochila enquanto via a o filme "Piratas das Caraíbas A Maldição do Pérola Negra" que tinha no telemóvel.
Cheguei a Penafiel às 20h10, terminei as gravações e voltei para casa, mas com uma passagem pelo McDonald's de Penafiel.








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